domingo, 4 de janeiro de 2009

A Mercê de Sonhos

Sigo sempre sem entender
Com meus passos a me perder
Suas siglas e seu porquê
Sempre escassos, tão contidos

Meus instintos sabem porque
Sempre dizem o que fazer
Sinto um frio a percorrer
As entranhas da minh’alma

E as flores não crescem mais
Sob o sol
E a sina não nascerá
Sobre mim
E agora o seu dever será sempre
Costumeiro
E sempre contido dentro dessa amarga razão

Fixando no seu olhar
Pairando sob o luar
Vejo sombras, vejo passar
Meu passado no presente

Se fundem como um clarão
Como sempre certo a visão
Se os meus dias hoje são vãos
Ao passado cumprimento

E hoje não canto mais
Meu pesar
Mas sombras e a escuridão
No meu mar
Transitam bem no meu ser
Dissipando regressando
Em meio ao nascer do sol
Trazendo mais almas do meu ser

Se o meu sol já não nasce mais
Se eu nem posso querer demais
Nem minha fé corresponde mais
Só me apego aos meus sonhos

Onde vive meu renascer
Pra minh’alma sobreviver
Onde posso esperar você
Onde não vou precisar mais

Lutar pra sobreviver sem cessar
Ao meio dessa maré vou nadar
Pois vivo sempre a mercê dos meus sonhos
Sempre vagos
Sem ter esperança de acordar
Perdendo as forças pra lutar
Pois já sigo vivendo
Sobrevivo correndo
E hoje nem sei mais sonhar

Nenhum comentário: